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Victória Muller

Drag não é gênero, drag é arte

   "Eu comecei a me montar muito cedo, 10 anos, não tinha muito informação, sobre o que era, como funcionava. Tinha na televisão, mas quase sempre tratavam drag como chacota e era um lado mais cômico, não mostrava a arte em si.

   Depois de um tempo comecei a ver drag “bate cabelo” no youtube, com uns 14 anos, e eu tinha vontade de fazer, mas não na forma que era representado. Foi quando comecei a acompanhar rupaul que tive um maior interesse na arte e decidi experimentar, na época meu namorado não apoiava muito, eu fui desconstruindo a imagem que ele tinha sobre drags e atualmente ele é drag tambem

   Um dia meu pai viu uma foto minha no papel de parede do meu celular, e perguntou se era a lady gaga, eu neguei, e ele logo falou “é você né?”. Hoje ele compartilha todas as minhas fotos no facebook.

   Eu considero a minha drag muito feminina, eu sempre gostei muito de maquiagem artística, comecei na arte com maquiagem artística, mas a minha drag é mais feminina, o que não exclue a minha drag de ter outros formatos. Sou performer, cantora e, principalmente, DJ. Já consegui muito evento bom, como tocar na parada LGBT de São Paulo, mas isso é meio relativo, em um mês você faz muito dinheiro e no outro não, e todo o meu lucro vai para comparar maquiagem, cabelo, roupas para a minha drag.

   Ser drag é, também, resistência, pois no minuto em que você sai de casa toda maquiada, de salto, você já está de alguma forma militando, o ato de se montar já é um ato político. Você não sabe o que pode acontecer."

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